segunda-feira, 16 de julho de 2018

Reflexão sobre drogas a partir do livro "Vida de Droga"






O livro “Vida de Droga” de Walcyr Carrasco conta a história de Dora, uma jovem de classe social alta e que tinha tudo o que qualquer pessoa poderia desejar. “ Tinha tudo o que queria. Tomava sundae de chocolate no shopping, comprava jeans de grife, comia hambúrguer com fritas e colecionava Cds dos cantores que amava”. (p.1)O seu pai lhe dava tudo e sentia orgulho da posição social que proporcionava à família. “  Muitas vezes, no final de semana, Dora e a família passavam horas no shopping. Ela entrava em uma loja e gostava de um conjunto vermelho. Depois, ficava em dúvida com o azul. Joel, o pai decidia, dizendo para levar os dois.” (p.1) No entanto, um dia o grande advogado, pai de Dora, perde o emprego e a vida da família torna-se outra. Então, a jovem vê os seus pais separarem-se e vai morar em um bairro humilde e passa a estudar em um colégio público. A garota passa a escutar “Não vai dar, Dora, seu pai foi despedido.” (p.4)
Dora era uma jovem pura, mas apaixonou-se por Gui, que apresenta para ela o mundo das drogas. Ele diz “ Dora, sei que você está passando por uma situação difícil, fuma aqui. Vai te acalmar.” Ela já tinha ouvido falar do perigo das drogas, mas pensou “Um só não vai fazer mal”.  “Deixe eu experimentar.” (p. 35)Então, fumou. Em seguida, começa uma longa história triste. Dora vai afundando-se nas drogas, foge de casa, mora nas ruas, envolve-se com companhias que não lhe trazem bem nenhum. O dinheiro começa a faltar e ela chega até a se prostituir. “Para sustentar o pó e o crack que consumiam nunca o dinheiro era suficiente.” (p.67)
A partir dessa história, reflito “ Quantos jovens não estão passando pela mesma situação?” A história de Dora é um retrato da vida e da sociedade. Não existe quem nunca tenha passado por um obstáculo na vida. O problema é que o jovem é muito influenciável. Então, se o relacionamento com os pais não está bom e se as companhias são usuárias de drogas, há grandes chances de envolvimento com essas substâncias.
O problema é que a droga é como um rio que a pessoa vai afundando-se. Primeiro, ela destrói o relacionamento com a família, depois o corpo do usuário e, em seguida, o leva para o crime e para os atos que ele jamais cometeria em sã consciência.
Escolhi citar cada um dos trechos acima do livro também para refletir sobre o problema de criar o filho somente com mimos sem ensiná-lo sobre a realidade da vida. No momento em que ele sai do conforto, já não encontra mais a mesma alegria e acaba procurando a realização na droga. Também achei interessante pensar que o vício tem um preço e é necessário dinheiro para sustentá-lo. Por isso, o jovem envolve-se na prostituição e no crime sem pensar nas consequências do ato. Outro ponto que julguei interessante é a facilidade com que alguém com um vínculo afetivo forte conseguiu envolver a jovem no vício.
Esse livro trouxe-me tristeza por saber que é a realidade de muitos, mas também abriu a minha visão. Fico pensando “Como posso ajudar a evitar com que as pessoas envolvam-se com isso?” e “ Se eu souber que alguém já está envolvido, como posso ajudar? 


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