sábado, 26 de janeiro de 2019

O objetivo da vida

Todo mundo um dia já se perguntou o que está fazendo na Terra. Eu já, você já e duvido que haja alguém que alcançou a maturidade e ainda não se perguntou.
Bem, muitos diriam que o sentido da vida é fazê-la valer a pena. Mas, o que é fazer a vida valer a pena? É aproveitá-la ao máximo obtendo mais e mais prazer dia após dia? Seria sacrificá-la para chegar a um sonho? Que sonho? Uma carreira promissora, status, fama, sucesso, dinheiro, poder?
Se a morte vier de surpresa, estaremos preparados para ela correndo a todo custo em busca de todos esses objetivos? 
Se você e eu soubéssemos agora mesmo que só temos mais cinco minutos de vida, qual seria a nossa reação? Provavelmente, perceberíamos que ainda não estamos prontos para deixar esse mundo. Perceberíamos que gastamos o nosso tempo com coisas vãs, que deixamos de abraçar os nossos entes queridos, de estender a mão para o morador de rua, de demonstrar aos nossos amigos o quanto os amamos. Perceberíamos que todo aquele dinheiro que está no banco não importa tanto quanto pensávamos...
Talvez nos daríamos conta de que o nosso coração não é puro e que queríamos ter um coração puro, mas não cuidamos dele durante a vida tentando melhorá-lo. Talvez nos déssemos conta de que a vida aqui na Terra só tem sentido mesmo se, realmente, existir uma vida após a morte, pois, se não for assim, por que estamos aqui?
Escolhemos ser criados? Eu não escolhi e, mesmo assim, existo. Alguém quis que eu existisse e isso vai muito além do acaso. Será mesmo que é tão difícil acreditar em um Criador e que a vida, realmente, tem um propósito?
E qual é o propósito, afinal? Do que mais nos arrependeríamos se soubéssemos que só nos restam mais cinco minutos? Eu arrisco dizer: de ter amado. Amado quem? Amado aqueles que passaram pelo nosso caminho.

Letícia Rocha Bilhalva

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Que loucura!

Saí, como de costume, para o colégio em que dou aula. Meu marido tomava o seu achocolatado, como sempre, pela manhã. Eu estava um pouco nervosa, pois havia muita louça na pia e sabia que, depois, ao voltar para casa, teria que lavar tudo. 
Estive dando aula, os alunos estavam muito agitados, e eu mais ainda devido ao excesso de atividades. Quando tocou o sinal do último período, senti um alívio! "Ah, até que enfim". Porém, lembrei que a louça da pia estava lá me esperando. 
Cheguei em casa, tudo vazio. Meu esposo trabalha à tarde e eu de manhã. De repente, me assustei...
A gaiola dos meus porquinhos da índia estava aberta. A louça também estava limpa. Pensei "Ah, que bom, o Ro adiantou para mim. Maravilha"! Mas não consegui comemorar por muito tempo, pois estava muito preocupada "Onde estariam os bichinhos?"
Eu procurei por tudo. Liguei para o Ro. Ele disse que não sabia de nada, que era para eu procurar, pois eles poderiam ter aberto a gaiola e saído, embora nunca tivessem feito isso. Agradeci ao Ro por ele ter lavado a louça. Ele disse que não se lembrava de ter feito isso, mas que, ultimamente, ele estava muito esquecido.
Olhei embaixo do sofá e vi uma pétala de rosa, depois andei pelos quartos, vi outra e mais outra... Comecei a ficar infinitamente assustada. "Alguém teria entrado na casa?"
Então, Sara e Éder apareceram. Seus olhos estavam brilhantes e as rosas também. Eu pensei que talvez poderia estar sonhando, pois tenho sonhos que, às vezes, parecem reais. Quem sabe esse seria um deles. Até que Sara me disse "Olá." Éder disse que aquelas pétalas de rosa eram para Sara. Ele havia pedido ela em casamento e pegou do buquê que o Ro havia me dado.
Sara me contou que todos os animais falam e que, quando um ser humano atinge o amor perfeito no coração, ele é capaz de ouvi-los. Eu perguntei "Mas, eu atingi?" "Sim. Era a nossa missão. Fazer você e o Ro atingirem. Vocês dois atingiram, mas não nos mostraremos para ele dessa forma, pois ele ainda é muito racional." Eu perguntei " E eu, não?" Eles encerraram dizendo " Você só sonha". 
Então, eles retornaram a sua forma original e entraram na gaiola. Pensei em contar ao Ro sobre tudo isso, mas resolvi que só ficaria entre Sara, Éder e eu. Por hoje é só, querido diário.

Letícia Rocha Bilhalva

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

O Sucesso









Perder a alegria de viver é morrer aos poucos. O Sol se apaga, a Terra fica escura. A solidão se materializa e a tristeza também. Tudo perde o sentido. O que fazer para combater tudo isso?
Energia, energia... até ela vai esgotando-se e a vontade de ficar na cama é constante. Então, a vida começa a caminhar em direção ao fracasso e, talvez, ao fim.
Mas, como lutar contra isso? Sonhando...
Sonhando? Sim, sonhando. Pensemos "Cada um de nós um dia já sonhou ou não?" Quem nunca desejou algo intensamente? Será que matou o sonho? Deixou ele morrer?
Acredite, se foi possível sonhar, é possível realizar. Mas essa realização tem que ser feita dia após dia. É necessário construir algo em relação ao sonho a cada dia e pensar nele a cada instante. Não se pode esquecê-lo e não fazer nada e, simplesmente, pensar que acontecerá como mágica. Não.
É preciso lutar e acreditar: ter esperança. É ela o combustível, é ela que dará a energia.
Por fim, o resultado será o crescimento e um dia: uma explosão de sucesso.

Letícia Rocha Bilhalva

sábado, 12 de janeiro de 2019

O tempo tem fim?










Às vezes, me pergunto o que é a eternidade. Poderíamos pensar que é o espaço infinito. Sem limites. Simples assim. Einstein já falava da associação entre espaço e tempo. Somos seres tão limitados, com uma vida limitada. Será mesmo?
Fica a pergunta: Se existe eternidade, por que somos limitados? Somos mesmo?
Existem tantas teorias. Uns acreditam que todos teremos um fim. Alguns acreditam na vida após a morte. Mas como saber?
O que é o tempo afinal? Já diziam os antigos "O tempo não passa, nós é que passamos." Eu pergunto "Passamos mesmo"? Talvez somente nesse espaço. Estamos presos aqui. Não por muito. Por um tempo.
Ah, o tempo... espaço, tempo. Para onde vamos?
Para outro espaço? Para outro tempo? Me arrisco ainda a perguntar: Para a eternidade?
Existe eternidade? Pensemos: Nesse universo imenso comparado ao nosso tamanho... quem somos nós para dizermos que ele não é infinito? Com o tempo que dura nossa vida...quem somos nós para definirmos o tamanho do tempo?
Ah, a eternidade! Que sonho um dia estar lá.

Letícia Rocha Bilhalva